quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Dead Feelings

When I go through the mist
I see ghosts passing by
And like the dark clouds
Their tears tell me a lie.

Some of them never lived,
Some of them never die
And many spend the night
Looking into the sky.

Do they want to be stars
Wandering sad and lone
Right into the Abyss
From where they've come?

O dear ghosts of my heart,
To overcome this pain
I must rise from the tomb
And never dream again!

The Night Before Nightmare

It was half past midnight
And the child was asleep
Dreaming about the dead
Buried in the dark deep.

Demons came from the Abyss
To paint death on the skies
And reveal new horrors
To the child's glooming eyes.

But no one heard the cry
Coming from the child's room
When dark and cursed tears
Announced the child's doom.

In the morning one came
And saw under the bed
The child's mangled corpse
Drowned in bloody red.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Canção Matutina

Àquela que jaz em meu coração


Sinto a pele gelada como neve
Toda vez que a alvorada pressagia
A chegada de mais um novo dia
Nesta minha existência triste e breve.

Pois jamais escutei a melodia
Que no túmulo a tua pena escreve,
E nas noites de sono sempre leve
Ouço ao longe gemidos de agonia:

São as tuas canções que sentem frio
Sob a terra que achou por bem prendê-las
Entre as grades de um cárcere vazio,

Mas assim que o pavor emudecê-las
Ficará para sempre mais sombrio
Este céu de pouquíssimas estrelas.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sobre o Fim

Ao ver aproximar-se a Eternidade
E os céus escurecerem sem razão,
Ergui a Deus a dor de uma oração —
Um canto de silêncio e verdade.

Tentei negar o medo, mas em vão,
E até sorri apenas por vaidade
Na hora em que a sombria tempestade
Tingiu de negro as cores da estação.

Assim, se em teu momento derradeiro
A tua fé falhar por um instante
E nada mais restar do amor primeiro,

Recobra as tuas forças de gigante
E sê como um espírito guerreiro
Que impávido proclama:- Sempre avante!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Pesadelo

Self Portrait of a Newborn Fear


Na minha vida o sonho foi em vão,
Por isso trago em meu soneto aflito
A imagem de um fantasma, um ser maldito,
Que ruge nos sepulcros como um cão.

A Morte fez da minha voz um grito —
Um deus que se perdeu na escuridão,
E assim do meu estreito coração
O sangue escorre rumo ao infinito.

Agora sopra um vento mais gelado
E a velha angústia surge na distância
Trazida por algum atroz pecado.

Na minha língua sinto o fel da ânsia
E o medo que me faz sofrer calado
Mutila o que restou da minha infância.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Procura-se Uma Musa

Procura-se uma musa que me queira,
Alguma sepultura, uma princesa,
Amante com sabor de framboesa
Que sempre seja minha por inteira.

Procura-se uma deusa da Beleza,
Mulher de face humilde ou altaneira
Que seja das beldades a primeira
Falando ao seu poeta com franqueza.

Porque para Calíope sou imundo
E Euterpe riu da minha habilidade
Dizendo ser-me o estro gemebundo.

Apolo, perdoai-me a acerbidade
Se insisto em vos dizer que neste mundo
Procura-se uma musa de verdade!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Personal Tragedy

I've found my place in the cold rain,
So why would I ever dream again?