domingo, 17 de junho de 2007

Um Cálice de Fel, Por Favor!

Enquanto explode o grito e o tumulto
Procuro o meu lugar na sepultura
E lá, preso nas teias da loucura,
Farei de toda lágrima um insulto

Que fale sem pavor do sangue oculto
Que flui em minha noite mais escura
E, qual fel e placebo, seja a cura
Dos males que venero em meu culto.

Mas é por suportar dores intensas
Que bebo sangue podre e deletério
Sabendo que respiro as águas densas

Do vício cujo estranho e vil mistério
Arrasta-me, olhos baixos e mãos pensas,
Aos negros mausoléus do cemitério!

Um comentário:

Unknown disse...

Exatamente como digo; parece-me uma brilhante obra com maestria em sua técnica, mas carente de peculiaridade. Felizmente vejo sinais de uma corrente que precisa ser desenterrada, desculpas em relação às criticas, mas faço por achar necessário e creio que tu sejas suficientemente rico para suportá-las.