quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Canção Matutina

Àquela que jaz em meu coração


Sinto a pele gelada como neve
Toda vez que a alvorada pressagia
A chegada de mais um novo dia
Nesta minha existência triste e breve.

Pois jamais escutei a melodia
Que no túmulo a tua pena escreve,
E nas noites de sono sempre leve
Ouço ao longe gemidos de agonia:

São as tuas canções que sentem frio
Sob a terra que achou por bem prendê-las
Entre as grades de um cárcere vazio,

Mas assim que o pavor emudecê-las
Ficará para sempre mais sombrio
Este céu de pouquíssimas estrelas.

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