Hino à Musa
Àquela que me inspiraQue meu sangue congele nas artérias
a continuar vivo...
E a minha boca prove do veneno;
Que minhas rugas tornem-se mais sérias
E o meu castelo faça-se pequeno.
Que eu venha a ser motivo de pilhérias
E me alimente apenas de água e feno;
Que eu saboreie todas as misérias
E a dor grite em meu sono mais sereno.
Enfim, que meu castigo seja a morte
Se algum dia meu verso desonrá-la
E a inspiração morrer nesse meu peito
Onde retumba aquele grito forte
De um coração que chora e se regala
Ofertando-lhe um cântico perfeito.
Um comentário:
Já te disse antes, mas vou dizer de novo: o blog está ótimo. Com a sua cara e a sua arte literária. Seus versos, como sempre, perfeitos. Adorei.
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