quinta-feira, 17 de maio de 2007

O Monstro

Sei que são amizade e amor crimes iguais
Porém mesmo que não quisesse eu te amaria
Porque foi só no amor que vim saber um dia
Existir sonhos tão sublimes e fatais.

Amando fui levado a acreditar num céu
Que não existe e nem poderá vir a ser,
Porque sempre que surge a luz do amanhecer
No coração a dor espalha um negro véu

E no meu Éden morre um belo serafim
Pois junto da paixão a tristeza caminha
Para mais uma vez pisar a vida minha.

Assim se finalmente o Amor vir até mim
Anunciando a morte igual funéreo sino
Chame-o de monstro, mas acrescente divino.

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