quarta-feira, 6 de junho de 2007

Felina Morre

Foi-se a última lágrima chorada,
E ainda restam outros tantos dias
Para que minhas culpas e agonias
Sejam menos tristeza ou então nada.

Felina foi Beleza e minha musa.
Tinha os olhos mais belos que já vi —
Duas luzes brilhando longe e aqui,
Na treva dessa vida tão confusa.

Agora ela jaz morta na lembrança,
Vítima da paixão que não reluz,
Sangrando dores, cinzas, ódio, pus...

Ó Morte, mensageira da Vingança,
Embora assassinando triunfais,
Certas estrelas não morrem jamais!

Um comentário:

Alessa B. disse...

trata-se de uma alegoria da musa felina do "felino preto"? mais um belo soneto!