domingo, 12 de agosto de 2007

Sofrimento Póstumo

Amiga, pisa leve o chão que habito
E traz formosas flores, por favor,
De modo que eu jamais venha a supor
Que ignoras a tristeza desse rito.

Liberta o meu cadáver, ser maldito,
E beija-me sem presa e sem rancor
Que mesmo no sepulcro o meu amor
Exala o doce aroma do infinito.

Amiga, a vida fez-te singular,
Mas nunca revelou o exato preço
Que pagas por nascer e respirar.

Então aceita o Céu que te ofereço,
Porque das dores que hás de suportar
O túmulo é apenas o começo.

Nenhum comentário: