segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Áspide

Mulher de lábios castos e fatais
Por quem me apaixonei perdidamente!
Recordo a tua voz, doce e silente,
Assim como o sibilo das corais.

O teu sorriso claro e comovente
Me fez te desejar ainda mais
No instante em que — delírios sensuais —
Provei o teu veneno amargo e quente.

Naqueles dias prenhes de alegria
Te dei o meu amor e o meu respeito
E junto ao coração eu te acolhia.

Contudo certa noite em nosso leito
Num gesto de paixão e covardia
Cravaste as tuas presas no meu peito!

2 comentários:

Márcia Regina disse...

Muito belo este soneto. Intenso e belo....gostei muito. Quero postá-lo em meu blog, pois amo literatura e poesia, mas não tenho o talento de colocar em palavras o que vai na minha alma, por isso amo poetas como tu e Nosalai.

Márcia Regina disse...

Rebellis, tomei a liberdade de postar Áspide ao som de Tigresa, na voz de Ney Matogrosso, espero que goste.
http://saraudamarene.blogspot.com/2009/04/aspide.html