terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Vitorioso

Trajando uma armadura ensangüentada
Impus a Satanás a minha lei
E os déspotas que não decapitei
Curvaram-se perante a minha espada.

Mas quando finalmente me fiz rei
Após haver ferido o próprio Nada,
Nos céus que me serviram de morada
Cadáveres e sombras encontrei.

Por fim, apunhalado pela Sorte,
Transpus abismos, túmulos e mares
Sem bússola, sem asas, sem um norte...

E longe dos prostíbulos e altares
Nas telas da Tragédia e da Morte
Esboço pesadelos singulares.

2 comentários:

Anônimo disse...

Escorre.

Nosalai disse...

Não dá para parar de ler você. É uma viagem! Tão intenso que dói!
Beijos