In Nomine Satanis
Que deus algum amou-te, ser restrito,
Sem antes exigir de ti também
O mesmo pranto amargo do refém
Que implora por um cárcere infinito?
Mas Eu amei-te o barro como um mito
— Amei-te com a fé que um anjo tem —
E em luta contra o teu Senhor no além
Tornei-me Satanás, um ser maldito.
Recebe o meu sinal em tua testa¹
E crê num coração jamais isento
Daquele humano amor que Deus detesta.
Porque se por amar-te me atormento,
Ferido pela angústia só me resta
Na treva prosseguir a passo lento.
¹ Seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus (...) — Apocalipse, livro XVII, versos 9 e 10.
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