Ao Mar!
A minha história nunca foi contada
Nas páginas dos livros e jornais;
Tampouco vi belezas outonais
Nas águas que me prendem neste nada.
Mas hoje rogo às ondas e corais
Que narrem minha morte desgraçada,
E ao mar que me serve de morada
Entrego meus resíduos sepulcrais...
Nereu, senhor do abismo soberano,
Recebe um coração a decompor
Nos vãos de teu sorriso desumano,
E põe nas minhas rimas essa dor
Agora que arremesso ao oceano
Missivas à procura de um leitor.
2 comentários:
Muito bom, que belo achado!
nossa! adorei, guri! são versos do Conde? maravilhosos, soberbos! legal mesmo!
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