terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ícaro

Ao fim da juventude só me resta
Olhar para as lembranças do passado
E ver que em meu semblante um ser alado
Pintara as mil promessas de uma festa.

A ruga de uma rima sem pecado
Ainda não pesava em minha testa;
E o grito que na dor se manifesta
Seguia-me em silêncio, derrotado.

Naqueles dias prenhes de alegria
O Sol me acompanhava como um pai
Que crê no alvorecer de sua cria,

Mas hoje em minha vida a noite cai
Porque amei o encanto e Poesia
Que existe num sorriso que se esvai.

Nenhum comentário: