O Vitorioso
Trajando uma armadura ensangüentada
Impus a Satanás a minha lei
E os déspotas que não decapitei
Curvaram-se perante a minha espada.
Mas quando finalmente me fiz rei
Após haver ferido o próprio Nada,
Nos céus que me serviram de morada
Cadáveres e sombras encontrei.
Por fim, apunhalado pela Sorte,
Transpus abismos, túmulos e mares
Sem bússola, sem asas, sem um norte...
E longe dos prostíbulos e altares
Nas telas da Tragédia e da Morte
Esboço pesadelos singulares.
2 comentários:
Escorre.
Não dá para parar de ler você. É uma viagem! Tão intenso que dói!
Beijos
Postar um comentário