terça-feira, 20 de agosto de 2013

Alegre

Sozinho com a lembrança
Do que restou do teu perfume
Guardo no peito uma esperança
Pequena igual vagalume.

Encontro no silêncio um lar
E vagando noite afora
Procuro num cálice afogar
Esse desejo que me devora -

Essa ânsia de abraçar a Lua,
De ir além da própria vida
Deixando na tua pele nua
A marca da minha mordida.

Mas na dúvida me desespero,
Meu verso treme indeciso,
E entre nuvens frias espero
Nascer o Sol do teu sorriso.

E tanto faz se me enlouquece,
Se minha dor é terrível;
Erguerei aos céus uma prece
Para conquistar o impossível.

Pois se te querer for meu vício
Te amarei de corpo e mente,
Teus olhos um precipício
No qual mergulho contente.

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