Alegre
Sozinho com a lembrança
Do que restou do teu perfume
Guardo no peito uma esperança
Pequena igual vagalume.
Encontro no silêncio um lar
E vagando noite afora
Procuro num cálice afogar
Esse desejo que me devora -
Essa ânsia de abraçar a Lua,
De ir além da própria vida
Deixando na tua pele nua
A marca da minha mordida.
Mas na dúvida me desespero,
Meu verso treme indeciso,
E entre nuvens frias espero
Nascer o Sol do teu sorriso.
E tanto faz se me enlouquece,
Se minha dor é terrível;
Erguerei aos céus uma prece
Para conquistar o impossível.
Pois se te querer for meu vício
Te amarei de corpo e mente,
Teus olhos um precipício
No qual mergulho contente.
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