Paixão?
Possuído por tal amor,
Muitas vezes insensato,
Com o sangue que me falta
Desenho o teu retrato.
Ignoro a música da tarde
E, seja noite ou seja dia,
No silêncio que me habita
Teu suspiro é melodia.
No céu da minha retina
Te vejo em novas paisagens;
Em memórias de beijos,
Sonhos, planos e viagens.
Às vezes me desespero
Quando o frio da madrugada,
Inclemente e sorrateiro,
Transforma tudo em nada.
Porém encontro alívio
Se minha cabeça descança
Sobre o largo travesseiro
Da mais aguda esperança.
Mas na escuridão da noite
A saudade nunca finda
E desperto dos meus sonhos
Te desejando mais ainda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário