Ao Meu Primeiro Amor
Pintei em tua noite mais sombria
Estrelas que jamais se tornarão
O fúnebre fantasma da paixão
Que mudo confessei-te um certo dia.
Em troca me feriste sem razão
Negando a mim a única alegria
Que tive nesses anos de agonia:
Amar-te no louvor de um verso vão.
Mas hoje os vermes hão de decompor
Aquele teu sorriso que me encanta,
E aos prantos rogarás o meu amor.
Amiga, mesmo assim de que adianta
Erguer aos céus um grito de pavor
Agora que o silêncio se agiganta?
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