Inevitável
Ao meu primeiro amor
Amei-te como se ama o indefinido!
Amei-te demais, bem mais do que eu quis...
Mas qual rosa de fúnebre matiz
Negaste o meu amor e ressentido
Joguei no lixo os versos que te fiz,
Busquei na solidão algum sentido
E aqui cheguei, cansado e malferido,
Talvez um pouco triste mas feliz.
Feliz por ter sonhado um sonho vão,
Porque te desejei de corpo e mente,
Porque te amei sem medo e sem razão.
E triste por saber que inconseqüente
Esconde-se em meu peito um coração
Capaz de apaixonar-se novamente.
Um comentário:
Meu caro. Seguindo. Neste soneto apresenta algumas contradições. Em minha opinião a pendência a linguagem mais arcaica acaba gerando um resultado ambiguo, ao ser conciliada com a coloquial. Na quarta frase da segunda estrofe, e nas primeiras da terceia e quarta fica ambiguidade, ser feliz e triste? E nas primeiras, não seria o oposto? Pra mim pareceu melhor inverter as primeiras frases das ultimas estrofes. Que parece?
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