Vinte e Seis Anos de Solidão
Dias tristes aqueles que assim vivo:
Amante solitário, bebo vinho.
Preso à pena escrevi versos sozinho
E da Tristeza fui sempre cativo.
Quando virás, paixão cinza e dolente,
Fincar no coração meu teus punhais?
Eis que já não suporto viver mais
Uma vida de ausências pela frente.
Agüentei vinte e seis anos de dor,
De mentiras e amores fraudulentos.
Que crime cometi em pensamentos
Para que me negassem todo o amor?
Dos poetas que a Musa tanto quis
Somente eu passo os dias infeliz!